No dia 18 de maio de 2021, a cidade de Lisboa, em Portugal, foi abalada por um terrível acidente de bonde. O veículo, que partia da Praça da Figueira em direção ao bairro Alto de São Francisco, descarrilhou na rua da Conceição, deixando um saldo de sete mortos e quatro feridos graves.

O bonde, que tinha capacidade para transportar até 40 passageiros, lotou-se ao longo do trajeto, apesar das medidas de distanciamento social impostas em decorrência da pandemia de COVID-19. Ainda não se sabe ao certo qual foi a causa do acidente, mas as primeiras investigações apontam para uma falha no sistema de frenagem da composição.

Este trágico episódio expõe, mais uma vez, a fragilidade do sistema de transporte público em Portugal. Os bondes, que já foram um elemento característico da paisagem lisboeta, tornaram-se um meio de transporte ultrapassado e perigoso. Vários acidentes já ocorreram nos últimos anos, envolvendo não apenas os bondes como também os ônibus e as bicicletas elétricas.

A preocupação com o aumento do número de vítimas em acidentes de trânsito tem mobilizado a sociedade civil portuguesa desde há algum tempo. Segundo dados do Observatório de Segurança Rodoviária, em 2020, foram registados 159 mortos e 6434 feridos graves em acidentes ocorridos nas vias urbanas e nas rodovias portuguesas. Os números chamam a atenção para a necessidade urgente de medidas eficazes para reduzir a sinistralidade nas estradas.

Além do problema da segurança, há também a questão do envelhecimento da frota de transporte público em Portugal. A maioria dos bondes que circulam hoje em Lisboa ou no Porto já tem mais de 30 anos de idade. Os ônibus e os trens também estão em mau estado de conservação, o que afeta a qualidade e a eficiência do serviço prestado ao usuário.

Uma das soluções para o problema do transporte público em Portugal seria a adoção de um modelo de gestão mais moderno e eficiente. Isso envolveria investimentos em tecnologia e em infraestrutura, bem como em políticas de mobilidade urbana que priorizem o uso de transportes coletivos em detrimento dos carros particulares.

Em suma, o acidente de bonde em Lisboa é um sinal alarmante da crise que afeta o sistema de transporte público em Portugal. É hora de mudarmos a forma como pensamos e agimos em relação a essa questão, visando garantir um serviço de qualidade e seguro para todos os cidadãos.